SÉRIE MEDITAÇÃO: Inspirando a Modéstia e Expirando a Autossuficiência.
Não saiba a vossa mão esquerda o que dá a vossa mão direita[1].
Essa orientação do Evangelho nos ensina que é muito importante fazer o bem sem ostentação.
Nos ensina também, que vivenciar práticas de amor e caridade sem anunciar aos outros constitui uma generosa ação.
E ainda, que é preciso “renunciar à satisfação que resulta do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus”.[2]
Tudo isso, porque ao incorremos no erro de fazer algo, mesmo que seja algo muito simples, com sentimentos de ostentação, nos emaranhamos no orgulho, que por sua vez corroí o nosso bom senso, não permitindo o exercício da benevolência modesta.
E sabe mais?
O orgulho dissimula. Sabe como?
Quando tentamos não divulgar o bem que procuramos fazer, porque sabemos que não é prudente, mas ficamos à espreita, observando se alguém está testemunhando as nossas ações, para então divulgá-la.
Essa necessidade de fazer para ser reconhecido/a em detrimento da ação em si, pelo prazer de mostrar ao mundo o que andamos a praticar, deve ser redimensionada.
Precisamos tomar ciência de que “aquele que procura a sua própria glorificação na terra, pelo bem que pratica, já se pagou a si mesmo: Deus não lhe deve mais nada, só lhe resta receber a punição do seu orgulho.”[3]
Pois bem, com base nas referidas reflexões sugerimos que façamos hoje, o exercício de meditação: sintonia com boas energias, com foco na inspiração da modéstia e na expiração da autossuficiência, sempre por meio da respiração consciente.
Sim! Na atividade de meditação de hoje, vamos nos inspirar de sentimentos que possam fortalecer o exercício da modéstia, isto é, da verdadeira simplicidade e pureza de coração.
Assim, ancorados na orientação de que não saiba a mão esquerda o que dá a mão direita, vamos pensar sobre o nosso cotidiano, isto é, sobre o modo como estamos vivendo essa máxima de Jesus Cristo, tendo em vista que “não saber a mão esquerda o que dá a mão direita é uma imagem que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta.”[4]
Então vamos encher o nosso corpo de ar... Vamos inspirar sentimentos que revelam a modéstia que precisamos construir.
Nesse momento é bom pensar no que gostaríamos de inserir em nossas vidas: amor ao próximo, ações de caridade, cuidados importantes que devemos ter com a nossa família, etc.
Por exemplo, se você deseja oferecer o café da manhã na cama, todos os dias para o seu esposo ou a sua esposa, deseje isso nesse momento... Inspire sentimentos que possibilitam realizar essa generosa ação, pelo prazer de fazer um mimo, sem a pretensão de cobrar algo em troca e/ou de divulgar, mas pela importância dessa experiência amorosa.
Vamos mentalizar coisas boas, com vistas a viver experiências de amor ao próximo. Pensaremos então, em outras ações que que são necessárias em nossas vidas, como por exemplo: fazer a tarefa de casa com o filho; preparar o almoço pra vizinha que está precisando; ajudar um colega de trabalho; alimentar os animais; cuidar do jardim, ajudar o asilo da cidade onde moramos, etc. Sempre com os cuidados necessários de uma verdadeira modéstia.
Eu desejo cultivar a modéstia. E você?
Então, com o abdome cheio de boas energias que nos ajudarão a construir a modéstia que almejamos, vamos expirar bem devagar, soltando o ar lentamente e expulsando a autossuficiência de dentro de nós .
Bem devagar... Vamos soltar o ar, expirando tudo que desejamos romper, incluindo nesse processo de expiração as atitudes de falsa modéstia: “aquela que oculta a mão que dá, tendo, porém, o cuidado de deixar aparecer um pedacinho, olhando em volta para verificar se alguém não o terá visto ocultá-la.”[5]
A falsa modéstia e a autossuficiência estão impregnadas de orgulho, soberba, vaidade e tantas outras atitudes e sentimentos que estrangulam o nosso bem querer, transformando-os em energias que sufocam e envenenam.
Por isso, vamos num processo de inspirar e expirar, inserir bons pensamentos, com vistas à sábias palavras e generosas ações, e, expulsar tudo que precisamos retirar dos nossos pensamentos, palavras e ações cotidianas... Tudo que impede o exercício do bem viver com modéstia.
Ana Maria Louzada
Por Inspiração Divina | Refletindo a Paz
Projeto Luz - Amor, Gratidão, Alegria e Paz
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Leia sobre a importância da respiração consciente e conheça o modo de vivenciar o exercício de inspirar boas energias e expirar o que desejamos romper.
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[1] ESE. In Capítulo XIII, Não saiba a vossa mão esquerda o que dá a vossa mão direita, p.256.
[2] Idem p, 255.
[3] Idem p.257.
[4] Idem, p.257.
[5] Idem, p.257.
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