Cultivar o amor exige cuidados com a maneira como vivemos nesse plano terreno. Exige o cultivo de um coração puro, de um amor verdadeiro pelas pessoas e pela VIDA.
Por isso, precisamos rever o modo como nos apegamos aos bens terrenos.
Muitas vezes brigamos, pensamos mal, fazemos fofocas, recusamos ajuda, tudo por causa dos bens terrenos.
Nos enrolamos num emaranhado de ervas daninhas por causa do orgulho, da avareza, da usura e do egoísmo. Ervas que corroem a pureza do coração.
Essas ervas geram apegos pelos bens materiais, provocam desavenças e instigam o desejo mórbido pela riqueza, inclusive o distanciamento da família, sempre na ambição de prover mais e mais, isto é, sempre com foco no ter em detrimento do ser.
Considerando tais questões, convidamos a todos e todas para pensarmos um pouco sobre Os Nove Canteiros do Jardim do AMOR!
Vamos refletir sobre cada canteiro, com vistas a encontrarmos o sentido do amor.
Nessa reflexão, que é um modo de monitorar cada canteiro, precisamos avaliar o quanto ainda estamos apegados/as aos bens materiais.
Quais são os motivos das nossas desavenças cotidianas? Geralmente são desavenças que nos exigem pedir perdão e/ou perdoar?
Esse é apenas um exemplo.
Então, vamos fazer uma pausa em nossos afazeres e verificarmos como estão os nossos canteiros.
Como estamos cultivando o canteiro: do perdão, da gratidão, da fidelidade, da compaixão, da obediência , da brandura, da coragem.
Possivelmente nesse monitoramento encontraremos resquícios de apegos aos bens materiais que se apresentam em nosso caminho e que danificam os nossos pensamentos, as nossas palavras e as nossas ações.
Sim! Comumente nos deparamos com um imenso amor material.
Um amor traiçoeiro que nos conduz às práticas da ambição exacerbada, da avareza, do abandono, do egoísmo, da soberba, do orgulho, da usura, etc.
Por causa desse amor material, geralmente magoamos e nos sentimos magoados, traímos ou somos traídos/as, somos instigados/as dentre outras atitudes, a desviarmos das práticas do perdão, da gratidão, da compaixão, da fidelidade, da misericórdia, da obediência, da brandura, e, o pior, somos enganados/as com falsa alegria e mórbida coragem.
Por isso, hoje, com base nessas reflexões gostaríamos de chamar atenção para a importância do desprendimento dos bens materiais.
Sabe por quê?
Porque “o amor aos bens terrenos é um dos mais fortes entraves ao nosso adiantamento moral e espiritual”[1].
Muitas vezes a nossa conta bancária vai bem, no entanto, a ansiedade em ter mais e mais compromete a nossa capacidade de amar a vida, de amar o SER humano, transformando os nossos sentimentos em doentio amor pelo ter.
Daí a importância de prestarmos atenção nos motivos pelos quais nos deparamos com situações em que os bens materiais estão ao nosso alcance.
Seriam esses bens um instrumento de provação, expiação ou missão?
Desapegar dos bens materiais não significa ignorá-los, nem tão pouco amá-los cegamente.
“Esbanjar a riqueza não é demonstrar desprendimento dos bens terrenos: é descaso e indiferença. Como depositário desses bens, o homem não tem o direito de os dilapidar, nem do os confiscar em seu proveito. Prodigalidade não é generosidade; é, muitas vezes, uma forma de egoísmo”[2].
Isso significa, que por causa do imenso amor que sentimos pelas pessoas, podemos usar esses bens em prol da felicidade do/a outro/a.
Podemos exercitar generosas ações, e assim, vivermos experiências de caridade.
Não adianta termos farta conta bancária, se ao nosso lado temos irmãos e irmãs passando fome, frio e/ou outras necessidades.
Os bens materiais não são para serem amados, mas para serem compartilhados com quem amamos.
São instrumentos de caridade, que nos ajudam a exercitar o nosso verdadeiro amor, que nos proporcionam vivenciar o cultivo do amor à vida, com vistas à nossa emancipação moral e espiritual.
Tais reflexões nos provocam algumas indagações:
Os bens que Deus vos confiou despertam nos vossos corações ardentes a desvairada cobiça?
“Já pensastes, quando vos apegais imoderamente a uma riqueza perecível e passageira como vós mesmos, que um dia tereis de prestar contas ao Senhor daquilo que vos veio dele?”[3].
Pois bem, cultivar o amor, pressupõe cultivar o desapego aos bens materiais, melhor dizendo, é cultivar a prática do bem, é compartilhar com as pessoas o que Deus nos confiou como instrumento de caridade.
Cultivar o desapego aos bens materiais é concretizar os princípios da caridade, e, assim, fortalecer a prática do VERDADEIRO AMOR... Amor à VIDA...
Ana Maria Louzada
Por Inspiração Divina | Refletindo a Paz
Projeto Luz - Amor, Gratidão, Alegria e Paz
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Fonte:
[1] Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), Capítulo XVI, Não se pode servir à Deus e a mamon, p.326.
[2] IDEM, p.329-330.
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