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Foto do escritorRedação do Projeto Luz

A tristeza real pode ser a felicidade a caminho

Atualizado: 10 de set. de 2019

FELICIDADE... É ALGO MAIS!

Série “Cultivando a Felicidade

Foto Reprodução - FELICIDADE É ALGO MAIS

PROJETO LUZ | Refletindo a Paz

Ana Maria Louzada [1]

Por Inspiração Divina


A tristeza real, a que vivemos hoje, nesse mundo terreno, é a tristeza vivida em nosso cotidiano, melhor dizendo, é a realidade em que estamos imersos.


A verdadeira desgraça, porém, está nas consequências de um fato, mais do que no próprio.[2]

É com base nessas questões que hoje refletiremos sobre as contradições da tristeza e da felicidade terrena, de modo que possamos compreender o sentido dos obstáculos e das facilidades cotidianas na vida presente.


A “desgraça”, entendida como uma tristeza real, pode não ser os obstáculos que se apresentam em nossas vidas, tendo em vista que a mesma, pode se apresentar justamente nas “facilidades” que ora se fazem presentes em diversos momentos da nossa caminhada terrena.


  • Por obstáculos, destacamos os desafios cotidianos, e, por facilidade, as alegrias que sentimos pelas conquistas que não exigem muito esforço.

Dizei-me se o acontecimento mais feliz do momento, mas que acarreta consequências funestas, não é, realmente mais desditoso do que o outro que a princípio causa viva contrariedade e acaba produzindo o bem. [3]

Sendo assim, antes de julgar se algo constitui um obstáculo ou uma facilidade, precisamos analisar as suas consequências, e, para tanto precisamos superar a visão que temos do “aqui e agora”, de modo que possamos compreender o sentido da “vida futura” (para além dessa vida terrena), porque é lá que sentiremos de fato as consequências da vida presente, melhor dizendo, se o obstáculo foi(é) um bem e não um mal, e, se a facilidade foi(é) um mal ao invés de um bem.


Daí que, ao entendermos que apenas os obstáculos causam tristezas (infelicidade), podemos incorrer no erro de analisarmos as experiências humanas (terrenas) com severos equívocos. Do mesmo modo, se não tomarmos os devidos cuidados com as facilidades, incorremos no equívoco de uma mórbida felicidade.


Ambos (obstáculos e facilidades) nos desviam da busca da verdadeira Felicidade, por entendermos os obstáculos como algo ruim e por vermos as facilidades como um prêmio. Não percebemos que o que estamos sentimos de fato é a infelicidade em curso, principalmente se estamos escolhendo um caminho alicerçado no prazer material, na vaidade terrena (na satisfação carnal).


São desvios que calam a nossa consciência, sufocam os nossos sentimentos, atordoam os nossos pensamentos, danificam as nossas palavras e apodrecem as nossas ações.

Sabe por que? Porque nos tornamos alienados em relação ao futuro e a nós mesmos.


Isso quer dizer, que a mórbida alegria aliena, e, sendo irmã da infelicidade, nos distancia de uma vida futura emancipada. Sim! A alegria nesse sentido (mórbida alegria), produz falsos prazeres tanto nesse plano terreno como no espaço tempo espiritual, de modo que ao retornarmos dessa experiência, veremos as consequências das nossas escolhas e recusas.


Para que pudéssemos nascer de novo (reencarnar), isto é, para vivermos novas experiências no plano terreno (mundo de provas e expiações), foi feito um planejamento espiritual com objetivos claros de enfrentarmos desafios, tanto do ponto de vista dos “obstáculos” como das “facilidades”.


No entanto, imbuídos pelos resquícios das ideias egoístas, orgulhosas, gananciosas, dentre outras, atraímos para junto de nós as energias que compartilham dessas mesmas ideias, e, assim, sucumbimos no emaranhado das mórbidas alegrias.


As mórbidas alegrias (sentimentos falsos de bem-estar), que logo provocam infelicidade (melancolia), são o ópio da cegueira espiritual, isto é, não nos permite ver os motivos pelos quais aqui estamos.

Podemos não lembrar exatamente o que planejamos antes de nascer (reencarnar), mas se observarmos as nossas experiências cotidianas, teremos consciência de quais são os motivos, melhor dizendo, quais foram os objetivos traçados para o nosso nascimento (reencarnação) aqui na terra. Objetivos pensados a partir dos nossos mais ardentes desejos e necessidades – de emancipação espiritual – de conquista da Felicidade plena.


Veja, que muitas vezes, cegos em relação aos nossos propósitos, nos imbuímos de alegrias passageiras que enfraquecem o nosso Ser. Ludibriamos o nosso senso crítico com os ingredientes do orgulho, do egoísmo, da soberba, do ciúme, da inveja, da avareza e da ingratidão que trabalham em prol de uma alegria individualista.


Nesse processo nos revelamos cegos em relação à verdade, mas também em relação ao erro. Cegueira que nos desvirtua do caminho que precisamos trilhar. Cegueira que não nos permite ver alegria nos obstáculos e tristezas nas facilidades.


Que possamos nos curar dessa cegueira, de forma que aprendamos a analisar criticamente o sentido de obstáculos e de facilidades. Que possamos reconhecer a felicidade que é produzida nos obstáculos, bem como, a infelicidade que é fruto das facilidades cotidianas.


Que possamos nessa caminhada terrena, analisar o nosso cotidiano com consciência crítica, vivendo a plenitude do AMOR, da GRATIDÃO, da ALEGRIA e da PAZ, por meio de Bons Sentimentos, Sublimes Pensamentos, Sábias Palavras e Generosas Ações.

Desse modo, podemos enfrentar os obstáculos com resignação, pois o nosso relacionamento com os mesmos, pode se transformar num bem-viver presente, que resulta numa Felicidade futura, tendo em vista que a tristeza real pode ser a FELICIDADE a caminho.


______

[1] Mestre em Educação, Orientadora Educacional, Palestrante

[2] Bem Aventurados os Aflitos. Evangelho Segundo Espiritismo, Cap. V, p.136

[3] Idem, p.136



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