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  • Foto do escritorRedação do Projeto Luz

Cultivar a generosidade é romper com o sentimento de avareza

Atualizado: 20 de mai. de 2019

SÉRIE MEDITAÇÃO | Inspirando a Generosidade e expirando a Avareza

Foto Ilustrativa | Cultivar a generosidade é romper com o sentimento de avareza

Não saiba a mão esquerda o que dá a direita.


Essa é uma máxima importantíssima que Jesus Cristo nos instiga a vivenciar em nossa vida terrena.

Tende cuidado em não praticar as boas obras diante dos homens, para serem vistas, pois, do contrário, não recebereis recompensa de vosso pai que está nos céus. (...) [1]

Todos nós estamos na terra para vivermos experiências de provações e de expiações. Por isso, nos deparamos insistentemente com diferentes desafios em nosso cotidiano.


Dentre os diversos desafios destacamos o exercício da generosidade e o rompimento da avareza, como uma meta a ser alcançada em nossa jornada terrena.


É nessa reflexão que o post de hoje se ancora, com o objetivo de dialogar sobre o sentido da generosidade e da avareza.


Mas o que tem a ver a generosidade com a avareza? E a generosidade com a ideia de não divulgar as nossas ações de caridade?

Pois bem, se partirmos do princípio que cada um de nós tem um motivo especial para estarmos nesse planeta terreno e que, o nosso motivo pode ser uma missão, uma provação e/ou uma expiação, começaremos a compreender os desafios que a prática da generosidade exige, bem como, as inclinações que geralmente temos com atitudes de avareza.


As atitudes de avareza impede-nos de vivermos experiências generosas, porque se nutrem das energias que emanam do egoísmo, da usura, da ingratidão, etc.


O desafio nesse sentido, é aprendermos a submeter as nossas ações cotidianas ao exercício da generosidade. Não uma submissão passiva e alienada, mas uma submissão que eleva os princípios das generosas ações, e que, por isso, combate as práticas que incitam a avareza.


Outro desafio nesse percurso, é a importância da não vangloriação das nossas ações de caridade. Não há necessidade de recompensa terrena. Essa necessidade revela o quanto ainda priorizamos as coisas desse mundo em detrimento do mundo espiritual.

Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita, a fim de que a esmola fique em segredo, e vosso pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará.[2]

A maior recompensa que podemos ter é presenciarmos a felicidade do outro. É sabermos que realizamos o sonho de alguém. Que ouvimos as dores de um irmão, e, que, a partir dessa escuta ele ficou mais aliviado. Aliviar a dor de alguém é uma sublime atitude .


Isso que dizer, que precisamos compreender a importância de ajudarmos as pessoas com as quais convivemos em seus processos de provações e expiações.


Por mais, que os nossos irmãos e as nossas irmãs tenham que viver determinadas experiências, podemos suavizá-las com sublimes pensamentos (orações), com sábias palavras (dizer o necessário) e com generosas ações - ouvir também é uma ação de generosidade.

“Todos estais na terra para expiar, mas todos sem exceção deveis esforçar-vos por abrandar a expiação dos vossos irmãos, de acordo com a lei de amor e caridade”.[3]

Esse é um dos motivos pelos quais nascemos numa determinada família; pelos quais escolhemos determinadas profissões ou até mesmo, porque escolhemos essa e não aquela comunidade para vivermos.


Nos juntamos a determinados grupos pelo propósito de estarmos nesse planeta terreno, ou seja, pelos desafios que precisamos viver, porque estamos todos e todas num mundo de provações e expiações, da e na qual a nossa missão se constitui.


De acordo com a mensagem Divina de que não saiba a nossa esquerda o que realiza a nossa mão direita em prol da nossa emancipação espiritual, da e na qual constitui a caridade material e moral, destacamos a generosidade como propulsora do amor ao próximo, da caridade, da gratidão, da compaixão, etc.

“A verdadeira generosidade torna-se sublime quando o benfeitor, invertendo os papéis, acha meios de figurar como beneficiado diante daquele a quem presta serviço”.[4]

Como podemos ver, a verdadeira generosidade não fica a espera do que pode acontecer, ela vai ao encontro dos infortúnios, ela procura descobrir onde se encontram as reais necessidades desse mundo terreno, e, ainda, ela descobre o que fazer e a quem ajudar, sem que antes lhe peçam auxilio.


Em seu sentido mais profundo, podemos salientar que a generosidade ressignifica o sentido dos bens materiais e aprofunda a importância dos bens espirituais, diferente da avareza instiga atitudes de acúmulos.

“Não acumuleis tesouros na terra, porque são perecíveis; acumulai-os no céu, onde são eternos”.[5]

Cultivar a generosidade com base nessas reflexões pressupõe exercitar o desapego, de modo que possamos romper com o sentimento de usura, que alimenta a avareza. Só assim, cultivaremos tesouros no céu, melhor dizendo, para os céus.


Quando cultivamos a generosidade, semeamos o amor, a benevolência, a caridade dentre outros bens que nos emancipam espiritualmente e humanamente.


Esses são os verdadeiros tesouros, que precisamos conquistar. São tesouros que alegram as nossas vidas e que nos proporcionam um enorme bem-estar.


Vale destacar, que os tesouros produzidos na terra, de cunho material podem se constituir no seio das generosas ações, desde que sejam produzidos com o propósito de promover o bem-estar das pessoas com as quais convivemos. Bem estar físico, espiritual e moral.


Isso significa que ao produzirmos tesouros materiais no plano terreno, que os mesmos estejam implicados pelos sentimentos que emanam do bem, ou seja, que possam ser utilizados em prol do outro, sejam eles relacionados ao poder econômico, político, científico, tecnológico, educacional, cultural ou social.


Muitas descobertas científicas, por exemplo, são de extrema importância para a manutenção da vida, principalmente as relacionadas à saúde. São tesouros da ciência.


Outras produções e experiências de cunho econômico, político, tecnológico, educacional, cultural, social, etc., proporcionam ou deveriam proporcionar melhorias no tempo espaço em que vivemos dada a sua relevância.


Todas as experiências, inclusive as de riqueza e as de pobreza, têm um motivo e um sentido de existir, que se analisadas com o espírito da generosidade veremos o quanto podem ajudar no processo de melhoria do mundo terreno.


No entanto, muitas vezes (ou quase sempre) são usadas em benefícios próprios, pois impregnados pelo espírito da avareza, abrem espaços para a inserção do egoísmo, do orgulho, da soberba, da usura, dentre outros sentimentos perversos que transformam as experiências e descobertas terrenas em práticas individualistas.


Por isso, na série SÉRIE MEDITAÇÃO: Sintonia com Boas Energias, propomos a reflexão diária, por meio da Respiração Consciente, onde exercitamos a inspiração de sublimes pensamentos, sábias palavras e generosas ações e a expiração dos sentimentos e das experiências que desejamos nos libertar.


Então vamos lá!


Hoje vamos inspirar a generosidade e expirar a avareza, com vistas a vivenciarmos generosas ações em nosso cotidiano familiar, comunitário, profissional, religioso, etc.


Inspire...

Deixe seu corpo crescer, encher! Localize todo o ar no abdome como se estivesse enchendo um balão (bola de soprar, bexiga). Deixe seu abdome encher... inflar... transbordar.


Expire...

Com o abdome inflado, segure o ar por um instante. Expire bem devagar como se estivesse esvaziando o balão. Vai soltando o ar e contraindo o abdome.


Faça esse movimento de três a cinco vezes. Assim, você vai desintoxicando o seu corpo...


Medite...

Enquanto faz o exercício de inspirar e expirar mentalize o que deseja cultivar e o precisa romper.


É isso mesmo! Quando inspirar, isto é, ao colocar o ar para dentro de si, é importante mentalizar, pensar e imaginar coisas boas.


Então, vamos pensar na importância da generosidade. Vamos pensar em tudo que desejamos. Vamos mentalizar as generosas ações que sonhamos realizar.


Vamos inspirar generosidade... E bem devagar encher o nosso corpo e os nossos pensamentos de boas idéias. Ideias que podem se transformar em sábias palavras e generosas ações.


Agora, vamos soltar pelo nariz (ou pela boca se desejar). Vamos expelir o que está nos impedindo de viver a generosidade. Vamos expirar a avareza... Bem devagar vamos soltando o ar. Podemos incluir nessa eliminação outros obstáculos como o egoísmo, o orgulho, a usura, etc.


Faça esse movimento de inspirar a generosidade e expirar a avareza quantas vezes desejar.


Sabe por quê?


Porque, inspirando a generosidade e expirando a avareza, vamos nos purificando, isto é, vamos curando o nosso corpo físico e a nossa alma. Vamos nos desintoxicando...


Ana Maria Louzada

Por Inspiração Divina | Refletindo a Paz

Projeto Luz - Amor, Gratidão, Alegria e Paz



_______________________

[1] São Mateus, 6:1 a 04.

[2] Bernadim - Bordeaux (1863). Evangelho Segundo o Espiritismo (ESSE). Bem aventurados os aflitos, cap. V, p.143.

[3] Idem

[4] ESE. Não saiba a vossa mão esquerda o que dá a vossa mão direita, cap. XIII, p. 258.

[5] ESE. Buscai e acharei, cap. XXV, p.444

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